A seguir, um ensaio sobre a guerra e suas inúmeras faces: o que leva a ela, quem leva e quem a leva, o choro que a precede, o rastro de destruição que a acompanha e, acima de tudo, o que ela representa para a alma de um homem que esteve em uma.
E as guerras que lutais Em nome de rancorosas pátrias Que no fim vós tratará como párias Assim como os pais de seus pais Puxou o gatilho Devastou guetos, mas não mansões Acabou com as nações De quem também é um filho Deixou órfãos por onde andou Crianças choram ao barulho das granadas A miséria lançou Dos tempos de fuzis, desde os tempos das espadas Filhos de Gaia Da sua mãe, ameaça o primogênito Se redima antes que caia Trouxeram a batalha para seus lares Entre o fogo cruzado Ainda abriu fogo por eles No espelho, é triste a cara Que matou inúmeros E ainda ouvia a voz de Sankara De Stalingrado Aos ricos e seu agrado De vielas E tiros que perfuram janelas De homens que buscam a paz Com todo o peso que a guerra traz