No início de agosto, a camapanha em prol da liberdade de Julian Assange anunciou que mais de 1.000 pessoas se inscreveram para formar uma corrente humana em torno do Parlamento Britânico, em apoio a Julian Assange, no dia 8 de outubro.
O fundador do WikiLeaks já completou três anos na prisão de Belmarsh, em Londres, enquanto luta contra a decisão de extradição para os Estados Unidos, assinada pela Ministra do Interior Priti Patel, em 17 de Julho.
John Rees, que está ajudando a organizar o evento, disse que o caso jurídico está em um estágio crítico. O organizador disse à Associated Press (AP) que é “necessário que todos se esforcem para persuadir o Parlamento do Reino Unido a intervir e impedir a extradição de Julian”.
Um número crescente de grupos de direitos humanos, organizações de jornalistas, políticos e ativistas vêem se manifestando ao presidente dos EUA, Joe Biden, que encerre o caso de extradição.

Por quase duas décadas, o caso de Julian Assange vem nos ensinando sobre as futuras implicações para a liberdade de imprensa e para o jornalismo investigativo que se baseia na exposição de irregularidades em setores governamentais do mundo todo.
Em 2013, o governo Obama decidiu não tomar medidas contra a situação de Assange, alegando que as ações do WikiLeaks eram semelhantes às atividades jornalísticas protegidas pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA. As administrações de Trump e Biden inverteram essa posição.
Ao circunscrever proteções que há muito são aceitas como norma, os EUA estão minando um importante alicerce da democracia. O silêncio perturbador sobre o caso de Julian Assange levanta questões sobre a seriedade como esse compromisso com o jornalismo em uma democracia é levado.